Apresentando: Aleph - O Guerreiro Oculto: Spoiler - Ele não é tão oculto. Nem guerreiro. Só encrenca mesmo.
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| O estilo da criatura termina com qualquer desfile cósmico |
Para príncipe da condessa Pra princípio de conversa, amei o nome
Então, povo... domingou! E, claro, tal como o Roberto Carlos no final de ano, cá estou eu. E anunciando uma grande novidade que, de tempos em tempos, vai aparecer no blog. Chega de falar só de mim! A partir de agora, começarei a fazer também análises de livros que eu li. Na verdade, nem é bem uma análise. É só mais uma opinião mesmo. Vocês vão ver, daqui a pouco.
A razão dessa boa vontade repentina? Não foi uma, mas sim, 3 razões que me fizeram adotar e abraçar essa ideia. A primeira: eu já tinha falado lá no primeiro artigo do blog, sobre a minha vontade de trazer assuntos externos. O blog é a minha principal ferramenta de divulgação. Por isso, obviamente, a maior parte do conteúdo é, e continuará sendo por um bom tempo, dedicado a falar de "Luz da Lua Cheia". Quando lançar uma obra nova, também vai ter mais espaço do que qualquer outra coisa. Porém, desde o início é uma vontade minha trazer algum tema externo. Pensei em falar algumas coisas sobre animes, pelo fato de ser a minha inspiração para escrever "LLC". Mas, ainda vou refletir sobre essa possibilidade. A verdade, é que eu precisava de algo que desse um "suspiro de alívio", pra não ficar enchendo linguiça só com as minhas postagens limitadas por possíveis spoilers. E foi aí que a segunda razão caiu no meu colo.
A segunda: reciprocidade. Já havia citado aqui que eu conheci uns autores independentes muito bons lá no Skoob, em um grupo (por sinal, os grupos ainda não voltaram! Me ajuda aí, Skoob!). Falei sobre eles no primeiro artigo da série sobre as IA's (Minhas amigas... as IA's: parte 1) e volto a citá-los. Lucas Martins, Aline Duarte e Aline N (não, eu não esqueci o sobrenome dela. Pelo visto esse é o pseudônimo mesmo). Os três têm blogs excelentes, por sinal. E, já que falei nisso, também falo que o meu nome estou presente nesses blogs (meu pseudônimo, na verdade. Vocês entenderam, né?!). O Lucas me cita brevemente em um dos artigos dele (link). Já a Aline N fez uma entrevista comigo (link), e, essa semana, postou uma resenha sobre "Luz da Lua Cheia: volume 1" (link). Por fim, a Aline Duarte também me entrevistou, mas o artigo ainda não saiu. Certeza que ela tá caprichando. E, como eu gosto de dizer, vai na manha, sem pressa. Quando o artigo sair, vou colocar o link na minha postagem semanal. Sendo assim, deixo aqui o link para o blog dela, "Pense Repense". A qualidade do conteúdo dela é o que me dá certeza de que a minha entrevista vai ficar top 1. Confere lá. Aliás, aproveitem que eu deixei os links para os artigos da Aline N e do Lucas e deem uma geral nos blogs dos dois. Têm muita coisa boa, também. Mas, voltando ao foco, os três têm me dado espaço, visibilidade, força e uma enorme ajuda (direta ou indiretamente). Então, o mínimo que eu posso fazer é retribuir essa ajuda, por mais que a minha visibilidade seja menor que a dos três. Eu sei que muita gente pensa "ain, mas não tá em lugar nenhum que eu sou obrigado a fazer a mesma coisa!". Realmente, eu não sou. E é por isso mesmo que eu estou fazendo. Pura e simples boa vontade. Um ajuda o outro isso me lembra um certo tigre caçador de casadas. São pessoas que se propuseram a conhecer meu universo. Então, por que não conhecer o deles?
E o terceiro e mais simples: tô ficando sem assunto! Já falei várias vezes que os assuntos são bem limitados, uma vez que só lancei o volume 1, até agora. Então, eu que lute pra movimentar essa bagaça todo domingo.
E o começo de tudo vai ser hoje!
Meus amigos, esta semana terminei de ler o livro Aleph: O Guerreiro Oculto - Spoiler: Ele não é tão oculto. Nem guerreiro. Só encrenca mesmo (vamo combinar o seguinte... daqui pra frente, vou chamar só de Aleph. O nome inteiro do livro é mais comprido que morcilha desenrolada. A análise vai terminar antes de eu escrever o nome inteiro de novo!), de autoria do meu amigo Lucas Martins C. Leite. Eis aqui, o link para a página dele na Amazon.
Lembro que quando começamos a trocar informações, perguntei ao Lucas qual o livro mais "viajado" que ele tinha desse universo dele. De bate-pronto, ele me indicou o Aleph. Vi que a história prometia exatamente o que eu queria ao ver aquele nome gigante e engraçado e aquele personagem que parece o Zé Bonitinho jovem e de bigode aparado com um sorriso debochado. De cara, o prólogo do negócio já me fez deitar de rir. A referência ao 7x1 simplesmente me quebrou (nessa eu ri pra não chorar). Mas, a história começa mesmo a partir do capítulo seguinte, quando o Aleph dá de cara com um bebê misterioso, abandonado, mas que claramente tinha algo especial, fazendo Aleph ficar intrigado porque comeu muito trigo e tentar desvendar o mistério desse "Pacotinho de Problemas", como o próprio Aleph passa a chamá-lo (sério, não é zueira. Ele dá esse nome pra criança). E a treta é maior do que se imagina.
Bom... a partir daqui, vou pisar em ovos pra não acabar dando spoiler. Com exceção do Aleph e de alguns outros personagens, a maior parte do elenco que compõe a história é "existente". Digo "existente" entre aspas, porque são retratações de divindades de diversas mitologias, de acordo com a visão do Lucas. Obviamente, ele também usou da liberdade criativa pra moldar o personagem mitológico, sem que ele perdesse sua essência. Há citações sobre as mais variadas mitologias: Celta (Morrígan), Chinesa (Sun Wukong), Egípcia (Anubis), Indiana (Vishnu), entre outras, só para dar alguns exemplos de nomes que aparecem, já que tem algumas das quais são citadas mais de uma divindade. Isso vai diretamente de encontro à proposta do universo do Lucas, que é "tudo que se imagina, existe de alguma forma" (acho que é isso, né? Ô Lucas... sei que tu vai ler essa bomba, então, se eu errei, me corrige nos comentários. Não me deixa passar esse vexame).
Protagonista
O protagonista é justamente quem dá o nome ao título do livro. Aleph é um homem adulto de só Deus sabe quantos anos, cuja diversão é espalhar o caos. Não que ele faça por maldade (embora também fique bem claro que ele não faz muita força pra evitar), mas porque... porque ele É o caos (sim, grifado de todas as maneiras, pra tentar chegar perto do real nível). Simplesmente a existência do Aleph já é capaz de causar catástrofes, a depender de cada atitude que ele toma. Não sei bem como descrever, mas eu diria que ele é só um cara um pouco estabanado, mas com poderes interdimensionais que podem causar um cataclismo, o que, na minha visão, não parece uma combinação segura. Já dei uma breve descrição da aparência dele, lá no começo e também é possível ver a fisionomia do "canalha" (não me julguem, o próprio prólogo chama ele assim) na capa. Mas, preciso dar destaque na sua gravata borboleta. Por que? Porque é justamente o que ele mais gosta de destacar. Se ele tem tanto estilo quanto diz, eu não sei, porque não sou consultor de moda. Mas ninguém pode reclamar que o conjunto dele não é original.
Quanto à personalidade do Aleph, isso sim é um pote de ouro. Sabe aquele seu colega de serviço que já chega reclamando na manhã de segunda, passa a semana toda mostrando o quanto ele odeia trabalhar e comentando sobre os defeitos dos outros setores da forma mais irônica que você já viu, implorando pela chegada da sexta-feira, mas que quando a data chega, diz que não tem nada pra fazer no fim de semana e também não vai fazer cerão? Amplifica isso em uma escala interestelar, adiciona um pouco de boa vontade (mas bem pouco. Use um conta gotas, de preferência) e, taí o bicho! O Aleph tem um estilo característico desapegado, sofre de tédio crônico, é sarcástico e mal-humorado, além de conseguir ser hiperativo e preguiçoso ao mesmo tempo. E, sem zueira (tá bom, com um pouquinho de zueira), acho que foi exatamente por isso que me identifiquei. Não pela questão dos defeitos em geral, mas porque o autor consegue nos entregar um personagem humano, mesmo com poderes intermináveis. Ele não tem uma personalidade heroica perfeita. Aliás, não chega nem perto. Ele não salva o universo (seja qual deles for. Leia para entender) porque é algo louvável, mas porque estava entediado. E, ainda assim, ao longo da obra, se mostra mais altruísta do que todos imaginavam. Fora sua backstory, sobre a qual não farei nenhum comentário, mas que é um dos momentos mais marcantes do livro. Enfim, é um personagem de fácil identificação por parte do público. Talvez não pelo conjunto da obra, mas por conta da maneira como se envolve nas situações por sua personalidade, sendo possível adaptar seus percalços aos "dramas" que enfrentamos diariamente.
Ambientação
Esse aqui é o tópico mais difícil de descrever. Até porque, se eu der muitos detalhes sobre a ambientação, vou acabar dando spoiler. Inclusive sobre as habilidades do Aleph. O que eu posso dizer, é que o enredo se passa em todos os cenários possíveis. Sei que dizer só isso é vago. Mas, ao mesmo tempo, é a maneira mais literal e precisa. Como assim? Tentem imaginar o seguinte... um cenário urbano normal, algo que seria o mais próximo de um cenário galáctico no espaço, o plano de fundo do filme/série que você mais gosta e, por fim, o cenário inexistente mais absurdo que você consegue imaginar, tipo a chinforínfula do Chaves (acho que é a terceira menção a Chaves nesse artigo). Pois então... é isso aí mesmo. Não tudo junto (ou, pode ser também. Esse é o nível da doidera criatividade). O fato é que as paisagens são muito bem descritas, necessitando apenas de uma boa imaginação por parte do leitor em determinados casos, pois, como falei, há planos de fundo imaginários que não são parecidos com nada existente. E por falar nesses planos imaginários, a descrição deles é justamente a melhor parte (vou entrar em mais detalhes no tópico seguinte). Aliás, pra falar bem a verdade, eu tô tentando até agora imaginar como seria a casa do Aleph. Não que a descrição tenha ficado ruim. Bem pelo contrário. Acho que eu já imaginei umas 3 ou 4 versões diferentes. E, talvez, todas essas sejam a mesma. Afinal, é algo compatível com a filosofia do autor.
Narrativa
Então, povo... eis aqui, o ápice da obra. Por que? Simplesmente porque a história é narrada pelo próprio Aleph. Sim, toda a narrativa é feita em primeira pessoa, e 98% do ponto de vista do Aleph (com exceção de um único trecho). E ela é condizente com a personalidade do protagonista. A cada frase, é possível sentir o sarcasmo e a vanglória do personagem. E, claro que uma obra com um protagonista tão carismático e um enredo tão maluco não poderia passar batida sem ter pelo menos uma quebra da quarta parede. E o livro te entrega isso mais de uma vez. Todas elas são sensacionais. Te dão a impressão de estar logo ali, diante do próprio Aleph, em alguma dimensão que você nunca imaginou existir (ou imaginou. Depende se ele acordou com boa vontade). Além disso, mesmo que a obra toda seja narrada em primeira pessoa, todo o texto narrativo é coerente, ritmado e lúcido. Não há pontas soltas, anda em velocidade suficiente para fazer a história caber em um único livro, ao mesmo tempo que não expõe pressa por uma conclusão e é de fácil imersão e compreensão (especialmente se você tem senso de humor). Algo que é recomendável (e que, pelo menos eu, achei divertido) é pesquisar sobre as entidades que aparecem ao longo da história. Suas razões, personalidades e até as aparências são bem descritas, mas há mais detalhes em suas lendas que deixam suas participações mais compreensíveis, no sentido de seus atos.
O que eu achei?
Tô rindo até agora!
Tá, sério...
Se bem que não é exatamente mentira.
Aleph mistura elementos de comédia, ação e aventura fantástica, mitologias e até um pouco de suspense e drama. Ele consegue te passar a exata sensação daquilo que o personagem principal sente.
Merece virar filme seja lá qual for o tamanho do orçamento.
Falando mais sério, realmente gostei muito. É o típico livro que eu levaria para a praia (mas leria em casa. Costumo rir escandalosamente e ia passar vergonha lendo em público). No mais, acho que já dei detalhes suficientes. Deixo o resto para vocês descobrirem. Prateleira 1 no meu recomendômetro.
Então, é isso. Já vamos nos preparando para o nosso próximo encontro, que eu ainda não sei se será no próximo domingo. Talvez eu precise pular um fim de semana (e não! Não tem nada a ver com a falta de assunto) por conta de um compromisso pessoal. Mais novidades na minha página no Twitter: @shinato_01
Seja como for, espero vocês no meu próximo artigo. Todos vocês. Até você aí mesmo, que mora em Singapura. É, eu sei que você olha o meu blog. Obrigado pela audiência. Tenho curiosidade em conhecer Singapura. Parece um país muito bonito apesar do circuito de rua da F1, mais travado que carcaça de trator. Seja você de onde for, me ajude compartilhando este artigo e o blog. Ou, se quiser, apenas o link do meu livro.
"Me ajudem a realizar meus sonhos, e um dia essa ajuda vai voltar para realizar os seus."
~Shinato~ provavelmente enquanto assistia um jogo de futebol dentro de um boteco
Ah... antes que eu me esqueça, deixo aqui mais uma vez os links para o blog do Lucas e para a página do livro dele na Amazon. Aliás, recomendo que também deem uma olhada nas outras publicações dele. Ainda não li, mas vou, e vou discorrer aqui sobre eles, assim que ler, bem como alguns outros.

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